segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Um ponto de um conto

Bom, aí vai:


"Os quatro dias de sufoco sumiram de sua mente, não como se fossem expulsos, mas como se não houvessem existido. Enquanto durou sua aproximação, a dança rítmica e quente, o calor gradativamente levando seu rubor ao dele... Puxou-o pela nuca para mais próximo de si. Queria, e também sabia que ele o queria, manter-se ali para sempre!
A paixão talvez seja o túmulo e epitáfio da saudade quando faz-se presente – e Cris bem sabia que, como os que já conhecia, a saudade erguer-se-ia do túmulo tão logo as horas passassem. Romperam o beijo mas não o laço; continuaram ali, abraçados, por um bom tempo, as estrelas e uma solitária coruja como únicas testemunhas do encontro saudoso."




Márlio.

domingo, 5 de outubro de 2008

Fio de navalha

Salve!

Hoje eu quase morri. Literalmente.

Domingo de eleições, Márlio e sua mãe votam no mesmo lugar, e acordaram cedo pra ir lá sem pegar filas. Márlio sai de casa e está indo até o portão, para abri-lo...
... tava uma ventania desgraçada. E um vaso, lá da sacada (uns 3,5m acima?), com seus 60cm de diâmetro e cheio de terra simplesmente cai...
... e a uns 30cm da minha cabeça.
Se eu tivesse saído 5s depois, acho que tinha ido.
Nada como começar bem a semana.


Sei que isso é bastante clichê, mas conseguiu me dar uma idéia da própria mortalidade. Agora, claro, eu estou brincando com o assunto - tem como sobreviver sem rir da vida?
Mas quando eu vi aquele vaso caindo e explodindo ali do meu lado, um caco bem grande passando rente a mim, e a consciência de que aquilo na cabeça de alguém seria mortal, tive plena certeza do quanto, apesar de tudo, nós queremos viver.
Na mesma hora, por uns 10s, eu pensei nos meus dias passados e em tanta coisa que eu poderia ter perdido por causa de um vaso. Ah, é um sinal. Ou destino.
Nada de deixar as coisas - e pessoas - que eu quero pra depois.

Recomendação do blog Toca do Márlio e seus afiliados: nunca deixe vasos pesados pendurados na sacada.


Márlio.