sábado, 30 de agosto de 2008

Hey, Jude!

Hoje deu vontade de escrever.

Poucos aí não ouviram essa música, seja a original ou as milhões de interpretações alguma vez na vida, mas vou dar uma palhinha.

Hey, Jude, don't make it bad,
take a sad song and make it better
Remember, to let her into your heart,
then you can start, to make it better (...)

Quem me conhece sabe que eu não sou do tipo estou-triste-alguém-me-acalente-ou-eu-vou-morrer. Mas nem sempre foi assim.

Acho que a gente simplesmente acaba se decepcionando tanto na vida que, em determinado momento, ou aceita isso e segue, ou acaba perecendo, e eu pereci bastante em vários momentos, como todo mundo. Vou contar uma historenha tola, mas afinal, ninguém vem no meu blog esperando algo muito sério, não é? =P
Quando eu era criança, morava num bairro de praia, numa casa com quintal enorme, e tinha uma árvore enorme no meio dele. Não me pergunte o nome da árvore, eu sei que ela dava aquelas frutas que os manés chamam de baguaçú (ô nominho), e pois bem, eu adorava aquela árvore. Coisa de criança. Mas imagine uma árvore gigante deixando folhas e frutos roxos irritantes caírem todo dia, mais dia menos dia, meu pai decidiu cortar a árvore. Bom, foi aquela choradeira, mas é a minha árvore, mas eu gosto dela, mas eu quero uma casa na árvore, mas e meu balanço, e aquilo tudo de criança, como se era de esperar. Meu pai então falou que não ia cortar. Um dia quando voltei do colégio, já estava um caminhão lá levando a dita-cuja cortada. Claro que uma criança não entenderia a necessidade de cortar a árvore, ea decepção foi amarga e dolorida. E passou.

E continuou assim a vida toda, e pra todo mundo. Foi assim nas primeiras festas de criança, quando o moleque viu a menina dos sonhos dele ficando com outro menino, foi assim quando mudou de casa, foi assim quando saiu do colégio que estudou a vida toda e deixou de ver os amigos, foi assim quando o novo colégio faliu, foi assim quando a namorada-sonho virou um pesadelo, foi assim, foi assim...
E hoje eu vejo como tudo passa.

Porque quando a árvore foi cortada, eu tive que pendurar meu balanço numa outra árvore, uma bem mais fraquinha e sem graça, mas que continua no mesmo lugar até hoje. Quando a menina dos sonhos um dia no colégio chegou e disse "você é meu amigo". Quando os amigos antigos se reúnem todo ano aqui ou acolá. Quando reencontra as amigas do colégio falido. Quando hoje, vê o quanto está feliz assim do jeito que está, sem fingir que a pessoa errada é a certa.


Não sei se é porque eu tive uma semana excepcionalmente boa, se é porque o coração tá descongelando ou se eu simplesmente estou amadurecendo, como os adultos chatos diziam que gradualmente ia acontecer...
O Márlio tá feliz.


Hey, Jude...

2 comentários:

Anônimo disse...

-

Anhaa ele sabe que eu adoro ver ele falando :)
acho mó phophenho (como ele diz)
Bom,eu acho seriamente que deve se atirar na ponte SIM :P
cAraaa que vidaa horrivellllii :p
Coitadinha da arvUra :(
Eu gosto de árvoress,mais do que de humanos :p
Que nem você tbm fala com elas :p
sOmos loucos e que bom q tirou o curação da geladeira,ele tava pra morrer congelado ---

Alana :)~~pj

Gui disse...

"márlio, macaco velho..."
vocÊ é bom, guri.. bom mesmo.
esquentar o coração, hein...
com força.